web tracker Mundial 2006: Dia 3 - Antevisão

Crónicas de quem fica em casa a ver o Mundial pela televisão

domingo, junho 11, 2006

Dia 3 - Antevisão


Chegou, então, dia 11. O dia em que Portugal sobe ao relvado para enfrentar Angola, num jogo de rivalidade proporcional à proximidade dos povos. Portugal parte claramente como favorito, não apenas pela total inexperiência de Angola em grandes eventos deste calibre, mas também porque a turma das quinas surge neste Alemanha 2006 como o representante máximo do futebol europeu, ausente que está a frágil campeã Grécia (que acabou por comprovar, ela própria, que a vitória em 2004 foi um mero acidente de percurso). Ainda assim, os comandados de Scolari têm de se acautelar com as surpresas do jogo inicial. Há dois anos, a jogar em casa, Portugal foi surpreendido por um adversário que também era teoricamente mais fraco. A Grécia.
Angola - Portugal é o último jogo do dia - está marcado para as 20 horas, no Rhein Energie Stadion, em Colónia.

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Como é hábito, os jogos têm início às 14 horas, cabendo às selecções da Sérvia e Montenegro e Holanda dar o pontapé de saída neste terceiro dia de prova. Em Leipzig, a Holanda perfila-se como principal candidata à vitória. A sua sólida formação alcançou as meias-finais do Euro 2004 e apurou-se para este Mundial em primeiro lugar do grupo 1, que contava também, entre outras, com República Checa e Roménia, esta última eliminada. Apesar disto, os holandeses não podem desvalorizar o futebol sérvio, que conta com a qualidade da antiga escola jugoslava. Naquela que será a última aparição da Sérvia e Montenegro em grandes competições de futebol, devido ao desmembramento do país, o técnico Ilija Petkovic tem no avançado Nikola Zigic, do Estrela Vermelha de Belgrado (equipa que, esta época, afastou o Sporting de Braga da Taça UEFA), o seu maior trunfo para procurar uma qualificação que não deixaria de ser surpreendente.

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Às 17 horas, em Nuremberga, o grupo de Portugal começa a mexer. México e Irão vão protagonizar um encontro de outsiders, com a certeza de que, em teoria, o vencedor fica em posição privilegiada para acompanhar Portugal na passagem à fase seguinte - isto, claro, partindo do princípio que Angola não surpreende o Mundo inteiro. Apesar de ambas as selecções disporem de grandes qualidades (pelo menos, a julgar pelas declarações de técnicos e jogadores, nos últimos meses), a verdade é que nenhuma delas constitui um peso-pesado do futebol. Os mexicanos têm no barcelonista Rafael Marquez o seu elemento mais conceituado, ao passo que a estrela iraniana é Ali Karimi, médio-ofensivo do Bayern de Munique que vem sendo apontado como substituto natural de Ballack, que rumou ao Chelsea de José Mourinho. Não se antevendo um jogo de grande espectáculo, é um encontro a ser acompanhado com toda a atenção pelos portugueses, uma vez que vão estar em campo os próximos adversários directos da selecção nacional.