web tracker Mundial 2006: CRÓNICA: Estados Unidos da América x República Checa

Crónicas de quem fica em casa a ver o Mundial pela televisão

segunda-feira, junho 12, 2006

CRÓNICA: Estados Unidos da América x República Checa


Ficha do jogo

Ver, dominar e ganhar. Assim se pode definir a prestação da República Checa na sua estreia na Alemanha 2006. Depois de uma excelente prestação no Euro 2004, travada pela avalanche de sorte grega desse ano, os checos chegaram a este Mundial como uma das equipas com capacidade de alcançar os quartos-de-final. Pela frente tinham uma selecção dos Estados Unidos que caíra precisamente nessa fase do último Campeonato do Mundo, diante da agora anfitriã Alemanha.
A selecção orientada por Karel Bruckner entrou a mandar no jogo e marcou logo aos 5 minutos, fruto de um cruzamento bem medido de Grygera, a que Jan Koller correspondeu com um cabeceamento imparável para Kasey Keller. Os homens de Bruce Arena pareciam incapazes de se libertarem do jugo checo, mas deixaram sério aviso aos 29 minutos, num remate de Cláudio Reyna que só parou no poste direito da baliza de Cech.
Ainda assim, os Estados Unidos continuavam a não ser adversário à altura para os checos, que não encontravam problemas para se acercar da área americana. Foi, porém, de bem longe que surgiu o segundo golo, soberbo, com a assinatura de Tomas Rosicky. O relógio marcava 36 minutos e a questão do vencedor parecia estar praticamente decidida, tal era a diferença de qualidade entre as equipas. Antes do intervalo, contrariedade de vulto para Bruckner, com Jan Koller a sair lesionado e bastante queixoso.
Motivada pela vantagem, a República Checa entrou no segundo tempo com a mesma postura dos 45 minutos anteriores e os americanos continuaram manietados por uma teia que não lhes permitia mais do que ir resistindo às investidas checas. No minuto 68, Tomas Rosicky procurou um golo tão espectacular como o que já havia marcado mas ficou a escassos centímetros de o conseguir, com a barra a devolver um remate que deixou Keller batido.
O primeiro remate americano surgiu aos 70 minutos, por Eddie Johnsos, facto que, dizendo bem da superioridade da formação europeia, acabou por marcar o início de um período em que os Estados Unidos foram capazes de criar maior perigo, tirando partido de um certo relaxamento dos checos. Foi, no entanto, sol de pouca dura, já que aos 76 minutos, Rosicky bisou e matou por completo as esperanças dos adeptos do outro lado do atlântico. A assistência – magistral, de resto – foi de Nedved e Rosicky, na cara de Keller, colocou a bola sobre o corpo do guarda-redes americano, que nada mais pôde fazer senão voltar-se para vê-la no fundo das redes.
Vitória incontestável da República Checa, que apresentou um futebol fluído e dos mais agradáveis até ao momento, demonstrando estar em grande forma.


Foto de FIFAworldcup.com